terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Natal

Não quero nem vou alongar-me neste assunto...
vou simplesmente (coisa que já deveria ter feito) desejar a todos um bom dia...espero que, quem realmente vive o Natal, tenha tido uma óptima consoada...

...a minha semana não foi boa...
...a noite de Natal não fugiu à regra...

os pesadelos perseguem-me, aliás, perseguem-nos...não sei mais que fazer para nos salvar.
perdoem-me todos aqueles que esperam mais de mim.

Um bom ano para todos aqueles que vêem estas minhas palavras quando nem eu sei porque o fazem...

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Fuga de Mim



Esta noite...
Fria, chorosa e sem cor...
fez-me pensar.
Envolvi-me nos pensamentos que me prendem a este mundo, e num âpice levantei-me e olhei o espelho. Pensei, de quem seria este corpo que carrego?
Olho-o, vejo-o, toco-lhe, mas não o sinto.
Fecho os olhos. Sento-me e percorro o mundo...vejo pessoas, lugares, vejo mundos...
Penso no porquê de não estar ali...Se Eles são como eu, se (não) querem o mesmo que eu, porque nasci aqui? Quero voltar a casa!
Percorro mais um pouco. Lá fora contínua o choro da noite. Atendo ao coração porque te ouço. Não te queria atender, mas não consigo...Continuo de olhos fechados.
Ouço, não te escuto. Perguntas se sim, digo-te que sim. Não sei do que falas.
Ouço-o ao fundo. A mente desperta.
O coração dói.
O céu chora, chora, chora.
Cái-me um pedaço de mim. Alma aflita a minha.
Os olhos não conseguem mais viajar...
Abrem-se os olhos.
Voltei ao mundo que não é meu, à luz escura da minha vida.


sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Poema


Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

"Diz que até não é um mau Blog"...Será? :)



Foi com grande espanto que me deparei neste meu cantinho com o prémio "Diz que até não é um mau blog"...bah, prémio pode não ser bem, mas um orgulho foi com certeza..:) Por isso, quero agradecer solenemente a Å®t Øf £övë e(http://pedacosemblog.blogspot.com/) por este ter sido um dos 7 Blogues escolhido como até não sendo um mau blog! Aproveito ainda para agradecer a todos aqueles que entram nos meus Sentimentos, Vãos, mas que estão na Demanda de Sentido! :)

Este meu espaço foi constituído, não com o intuito de se tornar um Bom Blog, não com o intuito de se ler textos muito bem escritos e de certeza, não foi feito na procura de elogíos....se bem que caso isso aconteça, não é nada mau...=), no entanto o objectivo foi sem dúvida escrever o que sinto, escrever as minhas vivências, desabafar com não sei quem, esse alguém que não conheço, mas que me faz sentir bem melhor...embora, por vezes, possa não parecer!

Ora, O "Diz que até não é um mau blog" é um prémio criado pelo skynet, e tem as suas próprias regras, que são as seguintes:

1- Este prémio deve ser atribuído aos blogs que consideras serem bons, entende-se como bom os blogs que costumas visitar regularmente e onde deixas comentários;

2- Só e somente se recebeste o "Diz que até não é um mau blog", deves escrever um post:- Indicando a pessoa que te deu o prémio com um link para o respectivo blog- A tag do prémio- As regras- E a indicação de outros 7 blogs para receberem o prémio;

3- Deves exibir orgulhosamente a tag do prémio no teu blog, de preferência com um link para o post em que falas dele;

4. (Opcional) Se quiseres fazer publicidade à criatura com demasiado tempo livre para gastar em parvoíces, e que teve a ideia de inventar este prémio, ou seja eu – Skynet, podes fazê-lo no post que eu fico agradecido.

Neste sentido, as minhas escolhas são:

1- "Ontem Hoje e Sempre" (http://night8wolf.blogspot.com/);

2- "Luis Martino, prazer" (http://naopassamosdemerosacasos.blogspot.com/);

3- "Poesias" (http://poesiaslaura.blogspot.com/);

4- "On my own" (http://search-me-at.blogspot.com/);

5- "o longe faz-se perto" (http://sdn008.blogspot.com/);

6- "MRS. C" (http://mrscescreve.blogspot.com/);

7- "happiness...more or less" ( http://happinessmore-or-less.blogspot.com/).

Espero que Gostem!!...:)

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

O Palácio da Ventura

Sonho que sou um cavaleiro andante.
Por desertos, por sóis, por noite escura,
Paladino do amor, busca anelante
O palácio encantado da Ventura!
Mas já desmaio, exausto e vacilante,
Quebrada a espada já, rota a armadura...
E eis que súbito o avisto, fulgurante
Na sua pompa e aérea formusura!
Com grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas d'ouro, ante meus ais!
Abrem-se as portas d'ouro, com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão -- e nada mais!

Antero de Quental

domingo, 4 de novembro de 2007

Quero Ver



Quero ver a Vida...
quero olhá-la e ver sorrisos, abraços, beijos, olhares...
quero!
Mas como, se a minha vida é choro, solidão e dor?
Tento.
Começo a semana com um projecto, direi até um projecto de vida...escrevo-o todos os domingos, na cama, de madrugada, na escuridão de uma pequena lâmpada e, enquanto ela dorme na cama ao lado, escrevo. Olho-a sempre antes de escrever e vejo, vejo descanso, vejo até alguns sorrisos. Sorrio para ela. Ela não vê. Olho então para o papel e sob o som de este ou aquele que, como eu, não dorme e deambula pela rua, escrevo o meu plano semanal.
Escrevo.
Emociono-me.
Sorrio.
Penso. ("eu consigo...")
Escrevo que sim, escrevo que vou, escrevo que já amanhã, escrevo que direi.
E depois, o amanhã vem, e o depois e o depois. E eu faço, digo, sorrio para eles. Retribuem às vezes.
O telefone toca.
"ele voltou, ok?..." ou "eu voltei...vai ser tudo igual..."
Choro. Não quero. Ele magoou-me, a mim, a ti, a eles. Prometes-me isto e aquilo e não cumpres. Digo que não, tu dizes fazer o que quero...mas não é isso que quero!!!
Eu acredito em ti!!Porquê, se me mentes???
Provocou em enredo de mentiras, de dor, de vergonha, de DOR! Desespero!!! Sei que devia viver, mas não vivo...Penso e olho as raparigas da minha idade...os namorados, as saídas, as compras, os amigos, a família, o riso...Que tenho eu disso tudo?? nada...
E se nada tenho, nada sou...é a verdade.
Desespero, eu sei, mas não consigo mais...invejo até amigos que tudo parecem ter...sabes o que isso é?
Chega Sexta.
Nada se cumpriu. Há sempre alguma coisa que atrapalha...que tu provocas.
Ouço, ouço e ouço coisas que não devia.
Vejo, vejo e vejo-te naquele estado.
Faço-me forte, mas choro também.
Culpo-te por isto.
Culpo-te por não veres como estou.
Culpo-te por não me veres.
Volta Domingo.
Terei eu forças para um novo plano?

sábado, 13 de outubro de 2007

Toda eu Sofro


Não há maneira alguma de explicar tudo o que se quer dizer quando se diz sofrer. Estou cansada. Sinto-me a sombra de um corpo, a sombra de um espírito, a sombra de mim. Tento olhar de cima, do céu dizem, e tento ver-me...tento perceber o turtuoso caminho que enche o meu pensamento, todas as dúvidas que me consomem e que me transformam num corpo replecto de nada...e aí, ouço o eco do que tento dizer, desta minha voz muda.
Dói-me. Não sei bem o quê pois não sinto este corpo que carrego, mas é assim, sem que o sinta, que sofro.
Deito-me no colchão. Não consigo penetrar no sono profundo. Penso. Penso. Penso. E não consigo esquecer esta realidade, este castigo que é a vida...Sim, porque talvez este sofrimento não seja igual para todos, talvez tenha sido distribuído por uns e haja quem não sofra. Sofro.
Não consigo fugir deste abismo. Talvez seja o destino...talvez não. Talvez seja a força de vencer a Vida...talvez não. Talvez seja cobardia da morte...talvez, talvez...(voltam as dúvidas)
Ainda que anseie por um idílio (impossível), a verdade é que não tenho forças para perseguí-lo...Sinto-me só. Talvez...talvez se tivesse alguém...talvez se encontrasse o remédio à minha alma! Esta, suja como pó, negra como a noite, triste como só ela sabe ser.
Quero dormir!!!

sábado, 15 de setembro de 2007

Vontade de ME amar...


Pensei que não mais te sentia, mas a verdade é que voltaste sem voltar.
Sentir os teus lábios em mim arrepiou-me, não pelas razões de antes, mas por medo...não de ti, mas de mim, do que sinto, do que não quero sentir, do que voltarei a sentir.
Eu sei, eu quis...eu quero-te, e a verdade é essa. Mas e agora? Agora olho para o relógio e espero que me ligues, espero ansiosamente que me digas "quero-te!", mas sei que não o voltarei a ouvir...Sinto-me nada e a verdade é que te culpo por isso...TU roubas-me o coração, roubas-me a vontade de conhecer tudo e todos! Fazes com que te espere e que fique louca de ciúmes! Imagino-te com ela, aquela pela qual me trocaste, e sinto-me Nada.
Fazes com que leia as mensagens, que me mandas quando te apetece, vezes sem conta...fazes com que sonhe acordada, e me sinta Nada.
A realidade é esta: queres-me de vez em quando, talvez quando ninguém te quer, mas eu quero-te sempre e nada faço por mim...
Estou só. Quero conhecer este mundo, que para mim, não é mais do que uma realidade na qual não estou incluída, quero conhecer pessoas, que me façam sentir ser gente, quero libertar-me de ti!! Peço-te, deixa-me de vez...deixa-me com as lembranças que guardo de ti, porque assim, contigo, sou NADA.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Inté!;)


Estou aqui, sentada neste cadeirão que compramos naquela loijinha quando fomos de férias, lembras-te? (risos) sim, rio-me sempre quando penso nessas férias..."fora do tempo", longe da confusão do Verão...sim, gostei! A vista não é grande coisa, mas tu isso já sabes...
Continuando, cá estou eu, mas agora longe de ti...ou perto não sei...nunca quis saber como funcionava isso...tu bem que me dizias "Olha que nunca se sabe...", mas eu...oh, tu sabes como eu sou, uma casmurra!!:)
Agora tou só. E pior, sinto-me só...quero dizer que te amo, quero amar-te, sentir o teu corpo, beijar os teus lábios, quero-te!!! Mas tu foste, deixaste-me na nossa casa, no nosso quarto, na nossa cama.
Lembro-me de me prometeres vida eterna, lembro-me de me abraçares com muita muita força e de me fazeres sentir segura! nada disso se cumpriu, mas olho e vejo momentos felizes, momentos de amor!
SAUDADE é o que mais sinto. Angústica, dor e porquês...talvez um dia perceba. Talvez um dia te sinta de novo. Espero amor...até um dia, longe deste mundo, longe de todos estes horrores diários e, perto de ti, de mim, do amor, da verdade.
Inté meu poeta do coração ;)

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Nudez_Minha


Sozinha sonho. Sozinha sorrio. Sozinha sinto a incerteza. Sozinha sinto-me perdida.

Esta sou eu...talvez nunca me conseguirei definir melhor...este vazio que sinto, este sentimento que permanece inalterável desde que me lembro de Ser, esta incerteza de quem sou e do que faço, do futuro que terei e com quem, enche-me o coração. Estou só.

Vivo a sonhar, e o futuro é feito dessa forma...mas conseguirei alcança-lo?talvez não...

Este turbilhão de pensamentos invade-me a alma...não me liberto, não os deixo ali, naquele caixote que guardo no sotão com tanto carinho...não! Eles não me deixam...prendem-me, a mim, no buraco, escuro e profundo. Tenho medo.

Choro. Choro. Estes olhos são fracos...como eu...deixam cair lágrimas salgadas, que percorrem toda a minha face e morrem nos meus lábios, aqueles que não te sentem.

Procuro. Procuro estabilidade. Procuro sonhar com certezas e descansar de todas as incertezas. Mas tu não deixas...

Sinto-me. Vazia de tudo, cheia de Amor.

Quero-me. Liberta deste corpo, deste cárcere da alma, desta dependência que não entendo.

Olho para estas palavras, olho para as paredes que me rodeiam, olho para aquela porta, pequenina, pequenina...como posso viver? Como me posso libertar?

Estou sem nada, sinto-me sem vida. Perdida. Quero esquecer a dor que senti, que sinto e que sei sentir. Evasão, é o que quero...

Será?

Achas mesmo?

Ajudas-me?

Sim...posso tentar...

É isso...Quero sorrir, quero ter vontade de viver, não quero estar só...Eleva-me. Só tu, pensamento, que me mostras a dor, podes mostrar-me o caminho...Quero sair deste labirinto!!

Sinto. Penso. Encontro. Liberto. Sorrio. Choro. Vivo.

Esta sou eu...aquela que deixaste e olhas com pena...aquela que sorri para esconder a dor...aquela que chora em silêncio...aquela que precisa de ti e não te quer...

terça-feira, 24 de julho de 2007

Ao som da música

Ana via sorrisos à sua volta. Olhava e via-os a sorrir. Acompanhados, aparentemente felizes. Ana estava sozinha, apenas com a chávena de café à sua frente e o telemóvel...aquele objecto que servia de ligação a quem queria...aquele objecto que a podia fazer voltar e querer ficar...mas que não tocava nunca...e ela sabia-o.
Ana estava sozinha. Aquele ser que nunca despertou interesse estava sozinho e todos o sabiam...mas nada faziam...(seriam os sorrisos, pena?)
Ana estava sozinha e apenas a música lhe falava...não ouvia nada mais e, apenas o sol, naquela tarde de Verão, lhe provocava uma pequena reacção...
Ana pensava se estaria sozinha na solidão...pensava e não reagia...
A música acabou...
Ana levantou-se...
Ana sorriu.

domingo, 22 de julho de 2007

As árvores morrem de pé


Eles eram amantes. Pelo menos, assim pensava ela...
Eles eram amigos. Assim pensava ele...
Ela viveu em função dele...olhava-o com paixão e, pensava para si "Amo-o...". Ela não o dizia em voz alta, porque sabia que o sentimento não era recíproco...mas tentava...tentava que ele a visse como namorada...tentava que ele a apresentasse aos amigos...tentava que ele lhe fizesse surpresas...tentava que não fosse só sexo...ela tentava.
Ele viveu para si...achava-lhe piada e, pensava "gosto da miúda...". Ele sabia que ela queria mais, mas não pensava no assunto...ele tentava...tentava ter bons momentos...tentava que ela percebesse por si própria o tipo de relação que tinham...tentava manter o sexo e a amizade...ele tentava.
Ela era inocente, era romântica, apaixonada e sonhadora...
Ele era infantil, era egoísta, cobarde...um bom vivã...
Eles continuaram...amaram-se e magoaram-se...
Ele parou no tempo...
Ela sentou-se e disse "Até já..."

O dia veste de negro


Acordei. Pensei não ouvir mais. Mas ouvi…Vi-te cair no mesmo erro, e nada pude fazer…ou será que pude e não o fiz? Enfim…não serei a melhor pessoa para te ouvir, não serei certamente quem mais te percebe…mas acredita que te amo…via em ti, tudo o que queria…mas agora, vejo o que não quero…perdoa-me! Tentei perceber-te…eu juro que sim…mas falhei, e tu foste!! E agora…agora, não falo a tua língua, e a dele muito menos…porquê? Por que deixaste que ele te levasse?
Como dói esta minha impotência…mas sabes o pior? Eu penso em mim. Eu penso no meu sofrer e só depois no teu. Eu sei, sou egoísta…não te mereço…mas entende-me, tudo voltou…tudo o que eu achava ter acabado e que tanto me fazia sofrer, voltou…e tu deixaste…e eu não te perdoo por isso…
Ai…que digo eu…não sei o que digo. Olho e vejo tudo da mesma cor, vejo-te contra mim. Sofro. Raiva. Por ele?? Estás numa prisão…por tudo…por nada…Acordo. E agora?