sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

Poema


Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura

Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco

5 comentários:

lena disse...

entrei sem bater e fiquei maravilhada ao ler a tua partilha


claro que já conheço o Poema, mas entrar e deparar-me com Cesatiny , foi emocionante

o Poeta que adoro, o Poeta que partiu mas ficou bem vivo entre nós

deixo-te um dos poemas que gosto:


Faz-me o favor...


Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.

É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és não vem à flor
Das caras e dos dias.

Tu és melhor -- muito melhor!--
Do que tu. Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê.


Mário Cesariny



deixo-te também o meu abraço e beijinhos para ti, foi um prazer passar aqui e ler este teu cantinhos

lena

O Profeta disse...

Convido-te a sentir a magia da minha Errante Nota

Oceano de mil contradições
Amar é uma batalha da emoção
Roubada ao sortilégio do vento
No gesto mágico de uma mão

Bom fim de semana


beijo

ContorNUS disse...

Excelente escolha a partilhar...obrigada
;) voltarei

Anónimo disse...

E Mrs C daria um pedaço seu para tirar esse sentimento do mundo todo.

E o poema que leu aqui a fez lembrar do maior desencontro que a vida lhe colocou.

É ... haverá post logo em breve.

Ekaterina disse...

BOM poema ..