segunda-feira, 28 de abril de 2008

Miminho :)


Recebi este miminho da Ignota...:)

muito obrigada, não só por este miminho, mas por todas as visitas que me fazes...:)

Isto das amizades blogueiras é muito giro...eheh


Passo então, o mesmo a sete pessoas [parece que têm de ser só 7]: Maluca Responsável; Art of Love; Bruxinha; Bono_Poetry; Francis; Margarete da Silva e Mr. Heavy...porque gosto de vos ler e porque gosto das vossas palavras...


aos outros, fica para a próxima...:)


kiss

sexta-feira, 25 de abril de 2008

A casa doente


A casa cheia, hoje está vazia.


Mais um fim de semana igual os demais. Um fim de semana sozinho, num mundo replecto de gente, na terra que me acolheu por piedade, na minha casa, naquela que hoje está só. A nossa vida já não é o que era...Viviamos rodeados de amigos, aqueles com quem crescemos, que tiveram filhos e nos convidaram para padrinhos. Tínhamos sempre os fins de semana ocupados...não tinhamos tempo para nós...os dois...lembraste? [talvez seja esta a causa]


Quando o sonho desaparece...


Os nossos amigos de hoje, não são os amigos de sempre...[sabes porquê? eu não...] O sonho desapareceu. Conhecemo-nos ainda na Faculdade, tu eras a menina das letras, eu das ciências...tu gostavas de romances, eu de policiais...tu eras vegetariana, eu nunca disse não a um bom pedaço de carne...tu preferias passar os fins de semana em casa, enroscada em cobertores, eu esperava ansiosamente por sexta para poder sair e divertir-me...os nossos amigos diziam-nos que eramos totalmente o oposto um do outro...nós riamo-nos...[sorrio...]. A vida correu-nos bem...[acredito que sim!] Tu andaste de terra em terra...em trabalho...eu aguentei...não te quero culpar como antes o fiz [desculpa], mas não esperava esta doença...não agora...


A ilusão de um controle...


Eu pensava que te tinha. Pensei que nada nos atingiria...Niguém me explicou que isto aconteceria...ninguém me explicou. Há filhos que não tive, não tenho e não terei, e ninguém me explicou porquê. Culpei-te. As tuas indecisões, o teu medo, o desejo de ascensão na profissão...dizias que eu achava que era tudo fácil, que deixava as responsabilidades todas para ti...nunca acreditei muito nisso. Hoje percebo-te. A casa foi adoecendo...Os nosso amigos, que nos visitavam ao fim de semana, começaram a levar os seus filhos...O controle que sempre tive foi-se desvanecendo. O teu olhar foi-se tornando triste...cada vez mais...O relógio está virado, o teu não é igual ao meu. Não nos entendemos. Sinto-me a queimar...fiz coisas más a gente boa. Não me preocupa se o céu está a cair, sei que não o verei nunca...preocupa-me o nosso, o nosso céu, o nosso tecto, o teu! Perdi o controle...[perdoa]


O jogo de palavras...


O meu jogo não te convenceu. Pedi-te para ficar, comigo, para recomeçarmos...Estou só e velho. Não disseste uma única palavras. O teu olhar e gestos, uma vez mais, disseram-me que era o fim. Chorei, chorei e chorei...e tu foste. Bateste a porta, fiquei a gritar agarrado à maçanete da porta...voltei ao mesmo erro...e perdi-te. Matei a nossa relação, matei a nossa casa, matei a nossa terra. Não mais te vi...hoje sou uma ilusão do que fui, do homem que fui, da pessoa que fui...hoje estou só, sem amigos, sem ti. Hoje não sei quem tu és, não sei onde estás, não mais vi o teu olhar.


Hoje, a casa doente é casa morta.

domingo, 20 de abril de 2008

O café pela manhã


É hábito acordar tarde. É hábito tomar duche de manhã, vestir-me sem pensar se a roupa se adequa ao tempo lá fora. É hábito beber apenas uma café e sair...sair de casa, que era minha, mas que agora tomou proporções exageradas. Café simples, sem açúcar ou algo do género. Café bebido em pé, enquanto digo "vou já sair de casa...espere um minuto por favor" e saío sem olhar. Volto atrás {quase sempre] e dou-lhe de comer...faço-lhe uma festa pensando "desculpa, não tenho tempo...". Ela abana a cauda, num acto carinhoso, como quem compreende a minha situação, como quem me dá o abalo de continuar, como quem diz "vai, eu fico bem".



Pelo menos, quero que assim seja.



O dia começa assim. Trabalho com um sorriso na cara, trabalho com uma felicidade aparente...às vezes reparam que a roupa escolhida não se adequa com o maldito tempo...faço de conta. Convido A ou B para almoçar...[sim, minto-vos. A verdade é que não tenho com quem comer]. Alguém aceita...hoje tu, amanhã ele ou ela...Faço a dita conversa da treta, invento histórias de infância, aquela que não tive mas que um dia sonhei ter...[sim, um dia...porque Hoje já não sonho, hoje a minha vida nada reflecte sonhos ou aspirações. Hoje, a minha vida é o dia-a-dia até àquele bendito...].



Acho engraçado aquilo que vos faz feliz...confesso que aí dou um sorriso sincero...um sorriso de gozo sim...mas um sorriso...[não conta?]



Volto ao trabalho...sim, não um emprego, um trabalho. Há quem o considere óptimo, eu respondo "sim, gosto muito do que faço...". Digo, não porque vos queira mentir, mas antes porque nada sinto quando o faço...é-me automático, não sei que vos dizer mais.


18h. Hora de ir para casa. Tenho-a à minha espera. Digo-lhe que estou cansada, que agora não dá. Ela aceita [abana a cauda mais uma vez].



Tão compreensiva que ela é. Deve gostar de mim.



Olho o atendedor de chamadas. Ninguém ligou [nunca ninguém liga]. Aqueço algo no microondas. Como enquanto vejo TV. Bebo um vinho hoje, amanhã...Deve estar na hora de dormir. Não o consigo fazer. A pastilha é a salvação. Vou dormir. Amanhã o dia recomeça.



8h. Acordo.


O café está pronto para ser tomado. O telefone toca. Assusto-me, não estava à espera. Deito o café pela mesa...Ela foge, assustada. Atendo. Respiração ofegante [conheço-a]. Não falas. Também não tenho essa coragem [cobardes].


Sorrio. Sei que o fizeste também.

Desligamos.



Abro a porta. Deixaste-me algo a porta. Abro. O café continua a pingar da mesa enorme e inútil na minha vida.

Cai-me uma lágrima pela face...tento conter a segunda, não consigo. Caíu. [ela olha-me com admiração...terá pressentido a tua vinda?]

Deixaste-me um bilhete. Quis lê-lo com sofreguidão. Pousei-o na mesa. Merda! Está todo molhado de café. As letras estão a desaparecer. Agarro o papel com desespero. Derramo mais uma lágrima. Leio. Malditas lágrimas que não me deixam ver. Maldito café!



Sorrio. Aperto a carta com aquelas letras, palavras, frases, sentimentos.


Não larguei mais o que me deixaste...Cheiro a café. Não vou trabalhar. Sento-me na cadeira, em frente à mesa e fico...o dia todo a contemplar-Te...



Apetece-me chorar. Apetece-me sorrir.



SINTO. Indepentemente do quê, SINTO! como há muito não sentia...



Os dias foram passando...

A rotina voltou...

A mancha de café continua lá...na mesa...

Acordo todos os dias a pensar num telefonema...confiro inúmeras vezes a funcionalidade do telefone...

vivo à espera de mais um sinal teu...



...porque só assim, consigo SENTIR.

sábado, 12 de abril de 2008

A cama é-me pequena


Mais uma noite sem dormir. Sonhos [pesadelos], barulhos que não existem, mas que me assolam a mente. Pensamentos no amanhã, no porquê e no mas. Não consigo evitar, é mais forte do que esta mente fraca. Procuro o descanso dos homens...o sono. Sim, porque queria mesmo a paz, queria poder soltar-me, queria não pensar, queria sentir o amor, queria voar juntamente contigo [não, não sei quem és, mas quero-te]. Queria, mas não consigo. [não me autorizam, não sou digna do descanso].


Adormeço por momentos. A mente cansa-se de tanto sonhar, de tanto pensar. Acordo. Estou a ficar louca, não aguento este cárcere.

Está escuro. Acordo, mas não me vejo. Está escuro.

Mas, sinto algo estranho...pensei ser normal sentir-me um nada, sentir-me um ponto do meio de um quarto enorme, um quarto que eu não conheço, que não exploro, que não tenho com quem conhecer, no entanto, não consigo ver-me. Sinto o corpo pesado, não o consigo mexer, tento imaginar-me...tento ver a minha mão, no meio da escuridão, e não consigo...sinto-me do tamanho da cama. [Parece que caio]. Sensação louca esta, sensação de medo, de impotência.


Acendo a luz. Olho as minhas mãos, o meu corpo. Toco-me. [Tenho medo de ter perdido algo de mim]. Acalmo. Estou intacta. Apago a luz. O mesmo acontece. Não consigo expressar-me de forma melhor. Só sei que tenho medo, medo de me perder...sinto a alma fugir ao corpo, sinto a alma longe longe...não sei onde, mas longe. [se ao menos já tivesse vivido...]


Não quero ir sem viver. Não quero ir sem viver o amor. Não quero ir sem te conhecer. [Anda rápido!!a alma quer-me fugir...vem!]

terça-feira, 8 de abril de 2008

Amor


O dia começou belo. Abri os olhos para o ver [sim, não desisti da vida]. A luz do sol entrava, a medo, no meu quarto. Virei a cara para direita...não te vi...olhei o outro lado...não te vi. Pensei que o sonho se poderia tornar realidade, mas não...foste para sempre.


A rotina de todos os dias. O levantar tomar banho vestir pequeno-almoço dentes...sair de casa. Fiz o mesmo de todos os dias...o mesmo que faço desde que não te tenho, sim, tu! Não te tenho.

No caminho da rotina, houve algo que me despertou a atenção. Não sei bem o quê, mas algo importante deve ter sido e, não fui. Fugi à rotina [reconheces-me?]. Olhei e vi onde estava, numa paragem de autocarro [coincidência?]. Apanhei o primeiro autocarro que chegou.


Estava habituada a ver-te e, agora, estou só. Eramos só os dois, lembras-te? Prometi-te amor eterno, prometi-te protecção e falhei, falhei meu amor...não te protegi, não protegi uma parte de mim. E agora tentei..tentei fugir às lembranças, tentei fugir à rotina, às coisas que me lembram o quanto te amo...[eramos só nós!!e agora?!]


Cheguei ao mar...lembras-te como não gostavas de praia? nem aqui me esqueço de ti...da tua inocência. Sinto a tua falta.


Voltei para casa. Não aguento a saudade...pego num vídeo, ponho a dar na televisão...o teu sorriso!! Eu sei que és meu..sei que sou suspeita para dizer isso, mas tu és lindo e eu amo-te! Tu sorris para o vídeo, mandas beijos que acolho com paixão [sinto a cara molhada...tu não conseguias dar beijos sem me babares...como gostava disso]. No vídeo, eu apareço...faço pausa.


Amo-te meu pequeno...a tua mãozinha parece sair do ecrã...sinto-a mesmo a abraçar-me...puxa-me o cabelo bah, agarra-me, faz-me sentir viva!!!VIVE para mim. Porque agora, agora sou nada, agora, sem ti, sou corpo morto.


Não consigo carregar no play...carrego no zoom...tomei uma decisão...vou manter a televisão sempre ligada, porque sem ti não vivo. Porque afinal foi neste momento que ouvi aquela palavrinha que tanto amei..."mamã"


sábado, 5 de abril de 2008

Hoje, há Luto

Foi cedo ou tarde, não sei bem. Não foi nada de improvável, não era nada de que não esperasse, nem tu...a verdade é que nenhum de nós queria acreditar neste fim.
Mas, a noite chegou...e tu foste.
Foste sem dizer Adeus, foste sem olhar-nos nos olhos, foste como quem vem ao mundo...[talvez tenhas avançado...talvez haja um outro mundo, superior a este e tu, sim tu, estejas lá...porque mereces. quero acreditar que sim].
Vida maldita onde estiveste. Vida madrasta que te pregou demasiadas partidas até ao fim...mas, não deixavas de ser tu! Não deixavas de nos ouvir, não deixavas de dar um carinho, de dizer uma palavra amiga. Hoje há Luto.
O telefonema que te denunciou. O não saber o que fazer. O olhar nervoso com que olhei e disse que foste. Hoje há Luto.
O entrar na tua casa, o choro ouvido mas não percebido [sim, demorei a assimilar confesso]. A tentativa de fuga...sim,não queria o confronto directo, não te queria sentir, não te queria ver. Hoje há Luto.
O dia do escuro chegou. Tu estavas lá e não estavas. Eu vi-te, eu falei-te, eu senti-te...mas e tu, porque não me respondeste? Hoje há Luto.
O tempo passou. Muita coisa mudou...às vezes queria que estivesses cá, que protejesses os teus, porque eu, eu não sou capaz, sou alma fraca em corpo morto. Sinto saudade. Nós, cá estamos, sem ti e separados...cada vez mais...tu foste sem nos ajudares!!tu foste sem dizer Adeus. Hoje há Luto.
Só te peço um último Adeus, um adeus com um beijo na testa.
Estamos a morrer e, sem ti, é tudo mais difícil. Perdooa-me os pensamentos parvos que tive em alguns momentos da nossa vida.
Hoje há lembranças, hoje há saudade, hoje há luto.
"Inho"

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Ouço enquanto dobro a roupita...:)

Escuto, enquanto trabalho, duas senhoras que por ali passam. Olham a roupa, mexem aqui e acolá, sem no entanto prestarem real atenção àquilo que está à sua frente. Comentam que ele até é boa pessoa. [sou humana] Espero, até perceber...
Falam de alguém que não conheço [mas também não interessa], dizem que ela queixa-se sem razão, dizem que ele lhe dá tudo, que trabalha e põe comida na mesa...[não consigo resistir, não controlo o aguçar do ouvido].
Dizem que até é bem-parecido, dizem que se apresenta sempre bem...dizem que ela não sabe o que quer, que ela está é mal habituada, criticam-na por isto ou aquilo, comentam mesmo que ele a devia deixar.
Olho as criaturas...não as entendo. Que sabem elas da vida dos seus vizinhos? que sabem elas do que se passa em quatro paredes?
Bem, pareceu-me que se referem unicamente ao Retrato. Mas afinal, o que é o Retrato?
O retrato dfine um tipo de representação, apresenta uma figura, de corpo inteiro ou em grande plano, sobre a qual é suposto que algo nos seja dito [claramente mostrado ou discretamente intuído], sobre a sua densidade psicológica, o seu estatuto social, o seu poder, a sua capacidade de sedução.
Mas, será isso unicamente que define alguém? dever-se-á tirar conclusões baseadas na aparência? bem, isto é algo que me irrita profundamente e, nesse sentido, apeteceu-me escrever isto...não é nada do género do que costumo escrever, mas foi aquilo que tinha na mente!:)
voltarei com algo bah...melhor...lol