sábado, 13 de outubro de 2007

Toda eu Sofro


Não há maneira alguma de explicar tudo o que se quer dizer quando se diz sofrer. Estou cansada. Sinto-me a sombra de um corpo, a sombra de um espírito, a sombra de mim. Tento olhar de cima, do céu dizem, e tento ver-me...tento perceber o turtuoso caminho que enche o meu pensamento, todas as dúvidas que me consomem e que me transformam num corpo replecto de nada...e aí, ouço o eco do que tento dizer, desta minha voz muda.
Dói-me. Não sei bem o quê pois não sinto este corpo que carrego, mas é assim, sem que o sinta, que sofro.
Deito-me no colchão. Não consigo penetrar no sono profundo. Penso. Penso. Penso. E não consigo esquecer esta realidade, este castigo que é a vida...Sim, porque talvez este sofrimento não seja igual para todos, talvez tenha sido distribuído por uns e haja quem não sofra. Sofro.
Não consigo fugir deste abismo. Talvez seja o destino...talvez não. Talvez seja a força de vencer a Vida...talvez não. Talvez seja cobardia da morte...talvez, talvez...(voltam as dúvidas)
Ainda que anseie por um idílio (impossível), a verdade é que não tenho forças para perseguí-lo...Sinto-me só. Talvez...talvez se tivesse alguém...talvez se encontrasse o remédio à minha alma! Esta, suja como pó, negra como a noite, triste como só ela sabe ser.
Quero dormir!!!