sábado, 26 de junho de 2010

O jogo do faz-de-conta

Ligaste-me. Eu atendi o mais rápido possível. Não poderia acreditar que eras tu...e disseste-me que tinhas saudades. Disseste-me que gostavas de tomar um café comigo e eu fui...E falámos, falámos durante horas a fio. Por instantes pensei nunca te ter perdido. Esqueci tudo aquilo que me fez doer a alma e acolhi-te na minha vida por aquele instante. E aí fomos felizes...Tão felizes como antes eramos, quando tentámos ser felizes juntos, esquecendo-nos que afinal já o eramos...
E fizémos amor. Fizémos amor nos lençois que já choravam a tua ausência. E fui tua. Já te disse que esqueci tudo o resto?
Mas, o interruptor ligou-se e de repente já não estávamos a brincar ao faz de conta.
E agora, haverá volta a dar?

sábado, 1 de maio de 2010

Deixo-te??

As lágrimas percorreram-lhe a face. Caíram desenfreadamente contando histórias, histórias de amor, pensava ele. Não podia acreditar naquilo que ouvira. Afinal ela era o amor da sua vida, a pessoa a quem ele dizia “amo-te”, a pessoa com que ele sonhava, a pessoa da qual ele se orgulhava. Ciúmes sempre houve na sua relação, medo de a perder, medo de que a relação perfeita acabasse.
E agora ela dizia-lhe que acabou.
- Acabou o quê?! [Estaria a sonhar?!]
- Isto é perfeito para mim!...
Mas que raio de justificação seria esta? Ele entendera o bem que aquele emprego lhe iria trazer [a ela]. Ele percebera! Ele estava disposto a aguentar! Será que ela não havia entendido isso?
Não, ela sabia isso tudo. Ela sabia e entendia. Ela sabia mas não queria.

Não me queres por eu ser assim, mas houve tempos em que quiseste! [O que mudou?] Se fui eu quem errou, eu vou remediar esta merda! Não vou querer mais ninguém, mas tu também não verás. Estou louco de amor por ti, sinto-me endoidecer! Odeio-te por me desprezares. Odeio-te por só eu te amar. Não penses em fugir, eu vou atrás de ti! Que ideia é esta agora de ires para longe e acabares com o nosso amor?? Achas justo? Anda, responde! Porquê que continuas calada? Que olhar indiferente é esse? Odeio-te Amor!

Eu juro que te mato. Eu juro que te persigo até à morte. E aí morremos os dois.
Não, volta para mim…Ajuda-me. Vamos conseguir amor, eu sei que vamos. Afinal, não me amas?
...
Não me respondes? Diz-me a verdadeira razão, diz-me! Dei-te a minha vida e agora deitaste-me fora como se de lixo se tratasse e tudo porque dizes querer perseguir os teus sonhos? Mas desde quando te impedi de os fazer?

Alma que dói. Dor que regressa. Dor mais forte. Dor de corpo. Dor de alma. Eu morri. Tu não. [ou será o contrário?]

Odeio-me, odeio-me, odeio-me e amo-te até à minha morte, para depois da minha morte.

- Será que não entendes que apenas tínhamos percepções diferentes da nossa relação?

quarta-feira, 31 de março de 2010

...

Não tenho nenhuma influência sobre Deus.


Ele nem sabe quem eu sou, o que é uma merda porque dava-me jeito!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Cala-te Coração!

Quando mando calar o coração e este não obedece...Quando lhe digo que não, que é parvo por gostar de ti, mas ele não me ouve...Quando luto contra aquilo que não posso vencer.
Esta é a conclusão a que chego. Tentei, juro que tentei, largar-te, deixar de te amar, tentei até odiar-te, mas tudo em vão. Tentei tanto que usei outra pessoa para o calar [o coração]. Usei e hoje tenho vergonha disso. Apaziguei a dor do coração com um beijo, um carinho, com uma palavra mágica que o fazia, momentaneamente, sorrir e bater devagar. Mas a noite é demasiado extensa...a noite, transportando consigo o sonho do meu coração, fazia-o acordar, todas as noites, sobressaltado, a bater desenfreadamente como quem deseja ardentemente sair deste corpo e correr para ti. Nesses momentos, olhava para aquele homem, que apenas confortava o pobre coração e beijava-o com carinho. E o tempo foi passando. E o coração foi morrendo aos poucos. E o amor por ti foi aumentando, sem que perceba como, e a paixão por aquele homem carinhoso foi morrendo e este foi-se apercebendo.
Hoje estou sozinha. O coração morreu de tanto lutar em vão. O homem do bom coração pediu-me para não mais lhe falar. E eu respeito a sua decisão. Porque o usei, porque nada mais quis do que confortar este coração que me comanda e, com isso, usei um homem bom.
Magoei-te homem do bom coração...magoei-te sem intenção, mas fi-lo. Esqueci-me do tanto que fizeste por mim. Esqueci-me das palavras proferidas pela tua boca. Esqueci-me do amor demonstrado. Esqueci-me daquele "amo-te" dito nos olhos. Esqueci-me porque nunca te amei. E por isso, peço-te desculpa.
Não te mereço.
Como eu gostava de amar alguém que um dia me disse "amo-te" em vez de amar quem me disse nunca o ter sentido...